Quero um homem:
Que não me queira dominar;
Que entenda que vínculo afetivo pode existir na casualidade;
Maduro o suficiente para comunicar-se com clareza;
Que demonstre constância e permaneça;
Afetivamente disponível e responsável;
Verdadeiramente cuidadoso;
Disposto e ágil;
Que tenha espaço em sua vida ou que os crave realmente largos para eu caber
sem sufocar, sem suprimir, sem anular a nenhum de nós;
Assertivo em suas vontades e intenções;
Extinto de manipulação;
Que não queira me aprisionar em um relacionamento cheio de regras opressoras;
Que não me construa pedestais;
Que não procure em mim uma serva
nem um objeto de uso pessoal, um fetiche, uma fugacidade qualquer;
Quero um homem fora da lógica social, fora da norma monogâmica;
Corajoso para o amor, mas um outro amor
Um homem anti-romântico
Que não seja tão homem como a categoria social homem, um homem-mulher, um homem-criança;
Não busco fidelidade, compromisso e validação.
Não busco família de comercial de margarina.
Não busco fazer parte de uma coleção.
A minha ordem é a subversão. Uma brincadeira com muita seriedade, uma disciplina que no fim liberta. É leve como a bolha de sabão, é sólida como a perenidade do tempo.
No entanto, simples como a gota de chuva escorrendo no dorso da folha.
Por fim, e esta é uma síntese essencial, quero um homem cujos defeitos não me sejam um risco à vida, à minha segurança emocional e física, minha individualidade. Estas últimas não são as minhas palavras, roubei-as de Nina, a que mantém meus olhos sempre abertos, pois tenho amigas que são faróis. É bom que o saibam.