segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Prelúdio da flor

As faces ainda ruborescem
Os lábios são róseos, sublimes
Os olhos não são de lince
São d'água, de proteção carecem

Queres abocanhar um fruto
Mas não vês que o sumo
há de adstringir-lhe a boca
Tu forças o desabrochar de uma rosa
Só porque lhe parece um tanto tentadora?

Apenas rogo-te que não queiras sentir deste âmbar
Se não forem puras as tuas orações
Te lembres que pétalas tais estão esmuiçadas
Como que resto de alimento a leões...


Escrito em 04/VI/2007

Um comentário:

Clara disse...

Palavras cuidadosamente escolhidas em versos maravilhosamente construídos... tú tens um dom.! Sou sua fã.! Beijoo