sexta-feira, 28 de julho de 2017

Está um vento tão forte lá fora,
nessas horas aprumo os ouvidos
pode ser deus tentando nos dizer.
a minha cachorra no meu colo dormindo
eu invento outro nome que lhe seja mais literário
Cachorra Eulália
Fica como rodinha
enfiando o focinho nas patas
Mas não decifro nada.
o vento derribou a cadeira de palha
lançou no ar a areia do gato
as folhas da mangueira ficaram espreguiçadas
Talvez sejam os olhos de Eulália
Acorda, Eulália
a voz do vento é a voz de deus
e como assusta