quinta-feira, 15 de outubro de 2009


De que consistência se veste o interior de sua boca? Seria como polpa de uva madura, e úmida ou fresca e cálida? Será mordida, ou pura seria, ou será mole e entregue ou pudica?
Que fita borda sua calcinha? Quantos laços amordaçam-lhe o colo? Quais pintas salpicam seu corpo, quantas marcas elevadas na pele?
Quais palavras a fazem ruborecer? E o quão rubro se torna seu rosto? Terá o olhar doce transmutado em lascívia? Cobrirá com as mãos os seus olhos?
Que cheiro se exala dos cachos? Que contornos traçam-lhe a pintura? Será dúbia a cor de suas súplicas? Será terna ao pedir e ofertar? E quando somente em ser convertida, leremos sua verdade nas curvas? Expressa aos montes de orgasmos. Quantos? Diga-me quantos daremos? Qual a sua profundidade? Em tais paredes sanguíneas macias?
Profana-me. [Castiga-me eternamente] Como minha alma lhe profana o recato, como meus olhos lhe profanam as vestes,
sorvendo-te de glóbulos fervorosos...