domingo, 18 de maio de 2014

Érica dos anjos

Um dia me disseram
que temos o mesmo olhar fugidio
A mesma matéria transpassa
Este teu termo suave

Abandonaste, amiga,
os barcos flutuando na praia?
A madeira úmida desfazendo-se
entre as bordas dos cais

Sofro saudades.
Quem sabe a mesma que habita
o silêncio preso nas tuas palavras.

És tão divina
e ainda teus cabelos de anjo
para encerrar esta dádiva.

Se um dia eu puder tocar uma graça que seja
Direi:
Deixa eu ser um pouco
a cabeça de nuvens de Érica dos Anjos.

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