És fonte de palavra inebriante
Sorver-te do cálice um ósculo fortifica-me
Surgiste no vão de tempos enervantes
De um acaso, engano, proveito e persistência
Sim! És petulante!
Quão doces se tornam bizarrices
A lástima dissolve-se nos risos
És defesa, escape, grande espírito
Como que para enobrecer-me
E alimentar minha nova forma
Teu timbre ecoa se ativo os sentidos
Pois a aurora de olhos paulistanos
Já se fez companheira de meus pensamentos
Laçaste-me outrora, com teus versos
Minha armadura fragmentou-se a pó
Cada encontro redime o distante
Posto que tua presença é acréscimo
Tens áurea que irradia evolução
Carregas mãos esculpidas com amparo
Onde guardo meus périplos imaginários
E desconheço o que chamam solidão
Quero jornada chamuscada com teu brilho
Em coração, fincado, sem mais alarde
Aqui se fez forte
Em ti se me guardes
Transcenderá vida e luz
Em união de partes inigualáveis
Fizeste morada em infinitos sonhos
Ao iluminares egos sombrios
Assim conservo-te
Que não se percas
Me olhes!
Que dentro destes lânguidos olhos
Sou mais que almejara ser
Infindáveis existências imperfeitas
Alastre-se sentimento de mundo
Cantes...
Libertes...
Inundes minh’alma de Você
Ellen Joyce
26/09/07