Nunca vi alguém assim.
Ouviu discordando e sorrindo por dentro. Guardou só para momentos em que vangloriar-se é necessário. Nos dias em que ver-se maior e fizer bico de reprovação, lembrar-se-á... Que se avolume silhueta! Que importância há? Ela é muito mais que carboidratos, lipídios e proteínas. Mais que reclusão e interrogações.
É transição, raridade, pensamento, raciocínio, discernimento, poder...
Direciona atenção ao acaso, mesmo indesejada...
Ela ainda decepa-se de falta de cuidado, ingenuidade que custa a ir-se.
Mas é o que a conforta nos dias cabisbaixos. A que circunstância se deve a repreensão disso que tantos denotam pecado? Ela restringe-se a saber sem mencionar? Dizer que traz encantamento é desfacelar a atração alheia? Pois bem, ela somente registra. E quando chover sem que haja descanso, a palavra virá secar-lhe o ego. Há de tornar-se límpida outra vez, porque os gracejos não vieram em vão, porque a equação reage
É uma fraqueza, por enquanto, perdoável. Porque não se agarrar num estopim pra alegria, mesmo que provisória? Pois se pensares por instantes apenas, perceberás. Pertencemos à mesma busca incessante de aprovação. Quase que sôfregos. Causa cócegas essa sensação de chegada. São teus méritos, Foste tu! Ela ri.
São doces recordações. Um jardim floresceu a cada passo avançado. Os seres brotando pra vê-la passar. Olhos recém-nascidos banhados de intenções afetuosas. É um bem vê-la sorrir; e nesta cor de tempestade perder-se pois é atrativo e irresistível.
Que sabor tem esta certa liberdade infundada...
Ela ri...
Ellen Joyce
13/09/07
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