quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Nunca vi alguém assim.

Ouviu discordando e sorrindo por dentro. Guardou só para momentos em que vangloriar-se é necessário. Nos dias em que ver-se maior e fizer bico de reprovação, lembrar-se-á... Que se avolume silhueta! Que importância há? Ela é muito mais que carboidratos, lipídios e proteínas. Mais que reclusão e interrogações.

É transição, raridade, pensamento, raciocínio, discernimento, poder...

Direciona atenção ao acaso, mesmo indesejada...

Ela ainda decepa-se de falta de cuidado, ingenuidade que custa a ir-se.

Mas é o que a conforta nos dias cabisbaixos. A que circunstância se deve a repreensão disso que tantos denotam pecado? Ela restringe-se a saber sem mencionar? Dizer que traz encantamento é desfacelar a atração alheia? Pois bem, ela somente registra. E quando chover sem que haja descanso, a palavra virá secar-lhe o ego. Há de tornar-se límpida outra vez, porque os gracejos não vieram em vão, porque a equação reage em equilíbrio. Ela fez a harmonia reinante entre brechas e pontos marcados. Existe personalidade (e não mais impersonalidade) balanceada. Os gestos estão inundados de magnetismo, isso é motivo de dias de graça. Rir só, sem que haja culpa. O antigo... O que está... O por vir... Ela ri.

É uma fraqueza, por enquanto, perdoável. Porque não se agarrar num estopim pra alegria, mesmo que provisória? Pois se pensares por instantes apenas, perceberás. Pertencemos à mesma busca incessante de aprovação. Quase que sôfregos. Causa cócegas essa sensação de chegada. São teus méritos, Foste tu! Ela ri.

São doces recordações. Um jardim floresceu a cada passo avançado. Os seres brotando pra vê-la passar. Olhos recém-nascidos banhados de intenções afetuosas. É um bem vê-la sorrir; e nesta cor de tempestade perder-se pois é atrativo e irresistível.

Que sabor tem esta certa liberdade infundada...

Ela ri...

Ellen Joyce

13/09/07

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