domingo, 28 de fevereiro de 2010

Parque


Havia Marina. Uma menina de corpo leve e palavras francas. Deixou-se descobrir outros valores. E havia o sonho. Aquele cujas mãos brotavam das costas dela, crescendo sobre seus peitos. Do seu sonho Marina perfurava os olhos para entrar e nunca mais sair. Em cima dele ela cavalgaria eternamente em direção ao paraíso.

Havia Lúcia. Um pedaço rosado do céu. De sua ingenuidade nascera uma pitanga viva chamada Amor Verdadeiro. Ela é a única que sabe cuidar e quem um dia teve o leite empedrado e ardido e, mesmo assim, continuou. Lúcia só sabe dizer verdade.

Havia Ismália. Ela tem todo o céu, mas vai comendo-o em pedaços muito pequenos. Ismália sabe muitas coisas, quando ela diz você pensa: queria tê-lo feito. Até mesmo seus beijos (diários) são estreitosapertados, não se vê passar vento por eles. De mãos no queixo, oferecemos nossas bochechas.

Havia Júlia. A flor selvagem trepada aos portais. Parece contundente, de pétalas austeras. Sonha ser arrogante quando crescida. Me disse coisas bonitas e me disse coisas feias, mas ela se faz ser mesmo gostada por muita gente.

E há um parque - onde todas as meninas rodopiam carregando bonecas de cores diferentes - num ponto secreto da eternidade.

6 comentários:

Anike Lamoso disse...

Também quero me embrenhar nesse carrossel de poesia..

Unknown disse...

Ooooh, Ellen...nem tenho o q dizer...

Nádia Rosário disse...

Ellen eu quase choro... muito lindo.

Nina. disse...

mas faltou uma.
=~

Estefani disse...

Posso entrar nessa dança?

Adorei o blog. Muito fofo!

Beijo

Estefani

Ellen Joyce disse...
Este comentário foi removido pelo autor.