domingo, 14 de outubro de 2007

Conto sem fim

A vegetação era perene. Troncos muito esguios, cuja copa não se avistava, folhas espessas e de um verde escuro fascinante. Algumas já mortas, se despedaçando num tremelicar quebradiço e estimulante embaixo dos pés. Mata densa, apenas uma trilha no meio da selva úmida, salpicada dos raios de sol que cortavam a folhagem.
O barco já repousado na margem. A imensidão das águas amazônicas. Numa canoa indígena cheirando a madeira antiga. Quantas horas mais dentro do silêncio freático não se pode dizer. Repousamos o olhar sobre as árvores aparentemente desabitadas, depois o céu num azul-infinito, espetáculo de pássaros que flutuavam num vai-vem dançante. Explosão de natureza.
Desembarcamos tranqüilos no Céu do Mapiá. Hora de pisar em terra sagrada...



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