Comeu algumas pétalas da violeta que inventara.
De dentes arroxeados,
sorriu ao ver a cor de sépia ladear as nuvens
do céu gelado daquela cidade.
Quem sabe a chuva revigore egos vazios e fracos...
O fel apertou-lhe a garganta
E gotas salgaram seu rosto,
embeberam seu colo
Não se puderam amansar
Escorreram ao sabor do vento
Sem dissiparem-se de tão inteiras
Um rio veio correr por entre seus joelhos
E flutuaram suas lágrimas
no fulgor da água límpida
no fulgor da água límpida
tão quanto um dia de verão em maio,
As águas arrastaram-lhe ao infinito
Inundando seus olhos intumescidos.
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