Sou uma estrela apagada
De fuligem, pretume, lama e vaga luz
Calo-me gélida entre galáxias
Rosto vestido
Cabeça rodeada de letras prateadas
Não me pertencem
Subnitrato de traque são
Não possuir-las-ei
Em memórias de sei-não
Aparvalho-me se me devotam
Etéreos elogios denotarão
Que não há glória em quem costura lábios
Se mais pura maior o escasso
Se mais perto pior o fracasso
Inventaram-me por um simples momento de ócio
[Não existo!]
Pedra Burra Gelo Pavor Asco
Calada!
As letras me tomam
São letras alheias
As letras de prata
São letras roubadas
Ermas, CA-LA-DAS
Derramam-se sozinhas e pobres para dentro de meu nunca-mais
Ellen Joyce
02/06/08
Um comentário:
Já disse o que eu achei desse poema, mas gosto de repetir que sou lisojeado por namorar uma futura escritora.
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