sexta-feira, 24 de abril de 2009

Carta a uma imaginária Luiza Bitencourt

Que tu sabes, chérie? Que tu sabes dos lírios das falas dos loucos? Dos simulacros perdidos pelas veredas dos livros? Que tu sabes destas unhas cravadas de intertextualidade? Quem és? Que sabes? Esse teu miolo anêmico ainda aventura-se por minhas “cópias”? Oh reencarnação de Platão! Redizer é preciso?
Amigos, amigos! Rebeldes, rebeldes! Vedes quem povoa meus pergaminhos? Surjam cabeças brilhantes! Pois a ignorância está a espreitar os nossos ditos. NIB, oh NIB, caros pseudos, pequenos fajutos, eis que a insânia vem trepar na tinta dos meus papéis.
Sabes que muito te prezo, senhora, senhorita? Teus relógios contam a mais que os dos outros mortais. Ora pois, tantas letras descortinaram-se para inúteis dilações. E tanto ódio gratuito requer longa generosidade.
És um ente? Um humano, um fiscal, um jornaleiro, um asno? És um olho, um olho órfão, pobre olho remelento! Oh, revelais-me! Em que mísero pó reduzi-me após teu feito miraculoso! Ai de mim, ai de mim! Nunca mais meus pés desfilarão pela Academia. Toma-me o repúdio pelos roubos tantos! Tornei-me inseto diante de teu preciosismo de jornalista, muito digno! Os deuses terão-me por ladra? Os deuses salvar-me-ão? Ai de mim, ai de mim! Acolho-me em teus “amplexos” inundada pelos meus prantos gigantescos. Que será desta vã poeira dos pés de Purusha? Vosso título – este cabeçalho de ideias mirabolantes – terás de volta, está entregue, leve-o Minas Gerais!
Depois dessas confissões, farei-me uma alma pura. Nunca mais, nunca mais! Ai de mim! Então, destinatária. Descanse agora tua xícara no pires, arrase essa gana pelos infernos alheios, encerre o aperto neurótico de tuas articulações. Veja quanto júbilo se engrandece em teu moquifo. Envio-te todos os aplausos do Copyright. Quem sabe honra ao mérito. Mas que feito, que feito! Mereces uma chuva de medalhas!
Vejam, caros! Mais alguns minutos de risos: A cortesã de globos curiosos é exaltada por esta réles artesã.
Diga-me, Chérie! Tu sabes o quão doce é o sabor d’um caralho? Tu sabes quão macia a epiderme de um membro em riste? Tu sabes, tu sabes do contato térmico entre o frescor d’uma boca faminta e a brasa aflorada d’uma glande? Ah, mas que “lástima”! A virgem cortesã aflita por carne quente. Digo-te segredamente: enfies uma boa no que teu de mais atesourado, verás tuas vis perseguições afogadas em fluido branco, verás cessarem teus devaneios doentios. Essas rabugices? Ah, um remédio inefável!
Quantos risos, quantos risos! Esconjurado seja Pessoa e seus navegantes! Quantos risos! Mas não censuro-te velha cortesã. Que admirável bolar tão exímio argumento (erguido em galhos de alecrim). Juro-te! Convenci-me de ter efetuado tudo o que julgais em teus relatos. Quantos risos, quantas palmas!
Congratulações à ilusória cortesã dos “alguêns”!

Estimadamente, a boa e velha plagiadora.



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