Oh, meu Amor, tu não germinas mais consoantes no meu ventre. Mordi a tua boca como se morde poema gordo, no entanto, o que escorreu era ralo e tão vago que cuspi ao chão um crisântemo velho, aquele pegajoso crisântemo inodoro. E senti o útero secar-se...
Porque tu não vais embora ao invés de misturar-se neste ninho de pathos? Ah, maldito Amor ardiloso ascendendo minhas dores sepulcrais.
Deixa, Amor, meu coração ser oco. Deixa ser aborto esse morto, que minha solução é o nada.
Ouça, Amor,
Esquecer é trair
É inútil o imperativo ou a súplica se nada te posso dedicar...
Imagem: (Conrad Roset)
4 comentários:
se é plágio ou não, a questão é que é perfeito, como tudo que sai de seus dedos... beijos
Sebe q há gente que nunca nunca nunca vai dar pra agradecer?
"Deixa, Amor, meu coração ser oco. Deixa ser aborto esse morto, que minha solução é o nada."
Com ou sem inter qualquer coisa, vc é surpreendentemente fantástica.
Lindo.
Ellen, vc é realmente um dos textos mais li(n)dos desses ultimos dias.
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