Se pudesse vê-lo nítido - com os olhos das mãos - pra afagar-lhe o pêlo de ouro e dizer-lhe no ouvido que antes fosse ele a razão pela qual vivia que o desejo simples de quebrar as correntes...
Mas as pessoas acobertam-se de razões anacrônicas para tolher a vida de quem ainda não vive...
Um resto de poeira luminosa pousa-lhe nas maçãs gélidas. Eis que avôa uma ave no horizonte sem cor.
2 comentários:
lindo bu.
"e questionar-lhe como se corre, como se vive, como ser dono dos membros todos..."
não me canso de ler isso, Ellen.
a parte engraçada é que eu entendo o que você escreveu, porque te conheço e te amo - mas também entendo porque tá em mim. isso é literatura, no fim das contas.
vou guardar.
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