sábado, 11 de dezembro de 2010

Fulana Outra


Imagino tua fulana
Imagino tua pra me doer

Não sei se ela nua
Inunda molhada tua barca
Invento fulana seca

Não sei se grita e vibra
no meio da tua cabeça
Invento fulana muda

Não sei se tem flor no cabelo
Invento fulana calva

Não sei o sabor
Da cor do seu cheiro
Amarga fulana, amarga

Fulana, pra mim,
é uma Macabéa triste
É uma Teresa desesperada
Ainda mato fulana afogada
Na lágrima que eu inventei

Essa fulana bem-amada
Ai que dor, que dor mordida!
Praga à fulana, praga
À tua fulana rica!
Nenhuma fulana merece tua dádiva

Eu fiz tua casa
Sou pobre Penélope
Sou o teu desejo
Sonho que mato fulana
Na cama do nosso leito

Imagino tua fulana
Imagino tua pra não morrer



6 comentários:

Reticências disse...

"...a boa é Fulana."
huahuaha
;)

tuiu disse...

Amo inventar pra mim fulanas que existem...

Unknown disse...

Vi esse teu poema lá no blog da Nina e vim ver outras coisas, estou a navegar nestes mares


beijo

Unknown disse...

Ai, Ellen...quanto ódio nesse coraçãozinho loiro...Minha pequena Ellen Joyce, quem diria? Seja como for, é imerecido.

Clara disse...

Um tanto quanto doído e revoltante... Mas ainda assim, lindo. Beeijos e forças.!

LAÍS BARRETO PEIXOTO disse...

nossa...adorei!!!